Com o advento da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) a educação socioemocional se tornou obrigatória para toda a Educação Básica, sendo mencionada de maneira explícita em diversas partes do documento e em quatro de suas dez competências gerais.
Tal inclusão, que reflete a necessidade de promover uma educação integral, que leve em consideração os aspectos físicos, cognitivos, emocionais e sociais dos estudantes, vem sendo apontada como uma grande aposta para formar crianças e jovens capazes de conhecerem a si mesmos e lidarem com as próprias emoções, construírem relacionamentos saudáveis e redes de apoio, sensibilizarem-se e atuarem em prol das demandas sociais e ambientais que afligem diversos grupos sociais e tomarem decisões ponderadas e éticas, que visem a defesa da dignidade pessoal e coletiva.
No entanto, tal regulamentação não foi acompanhada por um plano de implementação que oferecesse formação para gestores e equipes docentes, além de materiais didáticos. Resultado disso foi um alargamento do conceito de educação socioemocional, que ora é tratado como temática que sempre existiu na escola e que, por isso, não requer práticas e esforços sistemáticos para sua realização, ora como medida exclusivamente preventiva de transtornos de saúde mental, suicídio e comportamentos desafiadores, ou ainda, com um viés que enfatiza a busca pelo conhecimento de si e pela realização pessoal, sem pautar a necessidade de promover a redução das desigualdades e a educação equitativa, tão necessários para a conquista do bem-estar social.
Maria Edite Conceição Lima
Eu acho muito importante a gente saber mais
Maria Edite Conceição Lima
É um tema muito importante pra educação é um assunto nota 10